As estações e seus amores



E está aberta a temporada da carência. Pessoas enlouquecidas atrás de qualquer paixão, qualquer caso que ajude a esquentar os pés entre as cobertas. Nessa temporada não busca-se, necessariamente, um amor. Afinal, hoje em dia não é preciso amar para falar que ama, nem ao menos gostar para namorar. O essencial é ter alguém para falar que é seu e te esquentar no inverno. Mas o importante é que essas relações duram... Até o verão chegar.
Talvez seja por isso que eu acredito mais nos amores de verão. Considero até aquelas paixões de temporada de praia mais verdadeiras. Afinal, nos dias quentes ninguém é carente, ninguém sente a necessidade enlouquecida de ter alguém ao seu lado. Amar no verão é abrir mão de estar livre, é querer prender-se ao um único alguém, mesmo tendo possibilidade de ter outras várias opções. Enfim, amar em dias quentes nada mais é do que simplesmente querer estar perto da pessoa, por querer estar com ela, não apenas por não querer estar sozinho. Amar no verão é amar a pessoa, não somente a situação.
Não posso terminar sem dizer que também admiro amores que começam no inverno, mas somente aqueles que duram até o verão. Amores que começam em dias frios e prolongam-se até as tardes ensolaradas de dezembro. Amores que completam o ciclo das estações e que repetem-se, do inverno ao verão.

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